Moçambique conta, actualmente, com 1200 fiscais para combater a caça furtiva em todo território nacional

Faltam fiscais para combate caça furtiva
Moçambique conta, actualmente, com 1200 fiscais para combater a caça furtiva em todo território nacional, efectivo que está muito aquém das necessidades do país.

A informação foi avançada ontem (31) pelo director Nacional de Protecção e Fiscalização da Administração Nacional da Áreas de Conservação (ANAC), Carlos Lopes Pereira, que falava na cerimónia central da celebração do 31 de Julho, dia Internacional do fiscal de florestas e fauna bravia.

“No total temos cerca de 1200 homens no terreno a fiscalizar, não é suficiente porque a área que nos cobrimos é de 151 mil quilómetros quadrados, devíamos ter mais, temos um fiscal por cada 315 quilómetros quadros, devia ser um fiscal por cada 50 quilómetros quadrados, temos um défice de quatro, cinco fiscais por área de cobertura”, afirmou.

Pereira afirmou que um dos desafios do sector é integrar todas instituições do combate a caça furtiva, nomeadamente os governos distritais e provinciais e as autoridades judiciárias. Enquanto não conseguirmos isso vamos ter um desempenho baixo, é nisso que estamos a trabalhar”.

De acordo com a fonte, o elefante, rinoceronte e pangolim são os animais mais procurados pelos caçadores furtivos. “Em relação aos elefantes, estamos a fazer este ano a contagem, mas temos registado 19 casos”.

O director da ANAC revelou que foram detidos cerca de 2 mil indivíduos em conexão com a caça furtiva e outras violações da biodiversidade.

“Foram detidos cerca de 2 mil indivíduos, destes 375 são caçadores furtivos, 1.300 são garimpeiros e 80 madeireiros”, disse.

Durante a sua intervenção, a Vice-Ministra da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural, Celmira da Silva disse que o governo privilegia a conservação da biodiversidade e que não tem sido um trabalho fácil para combater a caça furtiva.

“O Governo de Moçambique privilegia a conservação da biodiversidade, a defesa da vida da natureza e para todos os seus seres, e essa defesa tem sido uma luta constante, não é um trabalho muito fácil para os nossos fiscais, para aqueles que todos os dias defendem a biodiversidade”, afirmou.

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